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A sensação de prazer é um dos fenômenos mais importantes do organismo, pois é ela que impulsiona boa parte do nosso comportamento.

Ao sentir prazer em se alimentar ou saciar a sede, nós estamos preservando nossa existência. Ao sentir prazer em uma relação sexual, somos conduzidos a perpetuar a espécie pela reprodução. Até mesmo comportamentos que podemos considerar como mais evoluídos, como ler um livro, ouvir uma música, praticar uma atividade física, são mantidos pelo princípio da sensação de prazer.

Esse comportamento de busca repetitiva de prazer é chamado de busca de recompensa natural, que do ponto de vista neurobiológico é explicada pelo modelo do SISTEMA DE RECOMPENSA CEREBRAL. Esse modelo é composto por neurônios dopaminérgicos, que atuam especialmente no controle do movimento, memória e na sensação de prazer.

Até aqui problema algum, certo?

A preocupação começa a acontecer quando o prazer natural começa a ser substituído pelo artificial. Como assim?

As substâncias psicotrópicas representam maneiras alternativas de buscar o prazer, por meio de um estímulo artificial do sistema de recompensa cerebral. A diferença fundamental entre o estímulo de prazer gerado pelo ato natural de saciar a forme, a sede e o uso de um psicotrópico é a potência desse estímulo.

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As substâncias são capazes de gerar estímulos cujas intensidade e duração são muito maiores, por isso, todas as outras formas se tornam secundárias e conforme o indivíduo avança no consumo, cada vez mais essa substância consumida assume um papel central em sua vida.

Este é o ponto em comum de todos os psicotrópicos: eles possuem capacidade de liberar grandes quantidades de dopamina no SRC, diferindo entre si quantidade liberada e duração.

Contudo, essa não é a única ação farmacológica exercida pelos psicotrópicos. Há efeitos sobre outros neurotransmissores, determinando assim as diferenças nas sensações provocadas. Essa classificação, quanto às sensações são: substâncias depressoras do sistema nervoso central, substâncias estimulantes do sistema nervoso central e substâncias perturbadoras do sistema nervoso central.

Os agentes depressores diminuem a atividade do sistema nervoso central, lenteando seu funcionamento. Em termos de efeito, as conseqüências desse fenômeno são sonolência, diminuição da concentração, lentidão psicomotora, diminuição dos reflexos e sensação de relaxamento e tranqüilidade. Fazem parte dessa classe: Benzodiazepínicos, álcool, solventes e os opiáceos.

As substâncias estimulantes do SNC aceleram a atividade deste, causando aceleração da atividade psicomotora. Essa hiper excitabilidade aumenta o estado de alerta e o poder de concentração, diminui o sono e apetite, gera sensação de euforia e provoca irritabilidade. As substâncias dessa classe são cocaína e crack, anfetaminas e tabaco.

E por fim, as substâncias perturbadoras do SNC provocam perturbação da atividade cerebral, o que gera quadros alucinatórios, geralmente de natureza visual. São consideradas psicoticomiméticas porque mimetizam estados psicóticos (delírios, alucinações, perda da noção de realidade) nos indivíduos que as utilizam. São elas: cannabis, LSD, cogumelos, ayahuasca, aticolinérgicos.

Agora você já conhece o principal mecanismo de atuação que as drogas possuem em comum, bem como um pouco das suas diferenças. É importante, diante desse conhecimento, continuarmos no processo de desconstrução de estigmas para que cada dia mais familiares e usuários tenham acesso a um tratamento de qualidade.

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