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O nervo facial é o VII par craniano e percorre um complexo trajeto que pode ser dividido em vários segmentos, desde sua origem no córtex até sua chegada à musculatura facial. Ele é responsável por várias funções da mímica facial. A Paralisia Facial decorre de uma lesão nesse nervo, podendo desencadear vários graus de comprometimento. Estima-se que a Paralisia Facial atinja 80 mil pessoas por ano no Brasil.

Classificação das Paralisias Faciais

As Paralisias Faciais podem ser classificadas em Paralisia Facial Central e Paralisia Facial Periférica. Na Paralisia Facial Central, as estruturas lesionadas estão acima do núcleo do nervo facial, ou seja, é uma lesão no córtex cerebral. A paralisia ocorre no lado oposto à lesão cortical e caracteriza-se por uma paralisia unilateral somente na parte inferior da face, mantendo a movimentação normal da parte superior bilateralmente.

Já na Paralisia Facial Periférica, a lesão ocorre do núcleo do nervo facial em direção à periferia, caracterizando-se por uma dificuldade em toda movimentação, tanto superior quanto inferior, de um dos lados da face. Podem ocorrer alterações do lacrimejamento, fechamento da pálpebra, impossibilidade de ocluir completamente os lábios, dentre outras.

Suas causas podem ser diversas, como, por exemplo, metabólicas, traumáticas, congênitas, virais, infecciosas, vasculares, tóxicas ou tumorais. Existem ainda paralisias que são de causa idiopática (desconhecida), como a Paralisia de Bell. Essa paralisia é o tipo mais frequente e caracteriza-se por um aparecimento súbito, sem acometimento neurológico ou do ouvido.

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Existem três fases da Paralisia Facial: a fase flácida é o momento inicial da Paralisia Facial que é caracterizado por pouco ou nenhum movimento no lado da face paralisado; a fase de recuperação do movimento ocorre quando a musculatura começa a apresentar algum movimento; já a fase de sequela pode ocorrer em torno de três meses após a instalação da paralisia, podendo o paciente desenvolver alguma sequela, caracterizada por sincinesia (movimentos involuntários no lado afetado pela paralisia que aparecem associados a movimentos voluntários de grupos musculares independentes) ou contratura (rigidez observada no lado da face comprometido).

Tratamento

O tratamento para a Paralisia Facial é multidisciplinar e o fonoaudiólogo é um dos profissionais habilitados e competentes para tal fim. O trabalho fonoaudiológico visa dar funcionalidade à musculatura afetada, contribuindo para diminuir o tempo de recuperação.

Diante de um quadro de Paralisia Facial, o fonoaudiólogo deve avaliar, verificar a necessidade de algum encaminhamento (neurológico, oftalmológico, otorrinolaringológico, cirurgião de cabeça e pescoço, fisioterápico ou psicológico) e propor as estratégias de fonoterapia adequadas.

A avaliação fonoaudiológica consiste em duas fases: 1) avaliação da face em repouso e 2) avaliação da mobilidade da musculatura mímica facial. Na avaliação da face em repouso, deve-se observar se há alguma alteração total ou parcial das estruturas envolvidas, como, por exemplo, se o olho está mais aberto ou se a pálpebra inferior está caída, se as bochechas estão flácidas, se os lábios estão caídos, se há rebaixamento da ponta da sobrancelha, entre outros. Na avaliação da mobilidade, o objetivo será avaliar as expressões faciais.

A fonoterapia vai variar de acordo com a fase da paralisia facial: na fase flácida, o objetivo será atrasar a atrofia e estimular a recuperação do movimento ordenado, enquanto que na fase da sequela, o objetivo será diminuir a contratura, melhorar a elasticidade e diminuir as sincinesias.

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