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Algumas pessoas adotam frases como, “mas eu sou assim, o que posso fazer?” para justificar comportamentos ou até mesmo como consequência de desesperança a respeito de mudanças. Mas será que é bem assim? É possível mudar de fato? 

Segundo o modelo cognitivista, os padrões comportamentais, cognitivos e emocionais de uma pessoa sofrem influência de vários fatores: genética, cultura, cognição, relações interpessoais, entre outros. Tais aspectos interagem, organizando informações sobre a própria pessoa, sobre o mundo e o futuro, e nesse processo o ser humano é ativo na interação com o ambiente, podendo alterar essa organização. Dessa forma, o ser humano é predisposto a mudanças, pois faz parte da sua forma de adaptação ao meio, contudo, algumas características podem dificultar esse mecanismo, enrijecendo determinados padrões comportamentais. 

Sendo assim, essas estruturas de processamento de informação responsáveis pelos padrões de respostas podem sofrer alterações e gerar novos comportamentos, sempre na busca por adaptação a novos contextos. Porém, a reorganização e reestruturação dos esquemas responsáveis pela nossa leitura do mundo ocorre de forma processual, requerendo maior estado de consciência sobre esse dinamismo, alterações nos focos atencionais, bem como maior flexibilidade cognitiva para ampliar a forma como a pessoa percebe e responde aos eventos. Muitas vezes a ajuda profissional se faz necessária nesse momento.

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O processo de psicoterapia auxilia na tomada de consciência dos padrões de organização, na diminuição de distorções geradas pela percepção estabelecida, na consideração de novos fatores, mudanças nos processos atencionais e estimulação da metacognição. Assim, novos arranjos cognitivos são formados e novos padrões comportamentais estabelecidos. Outro ponto relevante é a observação de reforços e comportamentos de grupos envolvidos na manutenção do comportamento anterior, o que pode dificultar a motivação e disponibilidade para mudança. 

Os passos necessários para mudanças nos padrões cognitivos e comportamentais ocorrem aos poucos, e os avanços se dão em um processo, que deve ser respeitado e vivenciado em cada etapa pelo paciente. Cada pessoa terá seu tempo, seu ritmo e sua forma particular de experimentar mudanças, o que também deve ser observado e considerado. É importante considerar ainda que os processos de mudanças são contínuos, uma vez que as experiências vivenciais não são estáticas e o organismo precisa se adaptar a cada mudança. 

Assim, pode-se entender que quando os padrões adotados geram sofrimento, seja para a pessoa ou para outros, e trazem prejuízos em diferentes áreas, é hora de mudar. Muitas vezes a terapia é fundamental nessa etapa, auxiliando, potencializando e facilitando a reestruturação dos mecanismos de cognição e adaptação ao contexto. As mudanças não só são possíveis, quanto muitas vezes necessárias, e é importante entender essa atividade, bem como as formas de vivenciá-la.  

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