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A motivação é um diferencial importante diante das atividades que realizamos, seja uma tarefa específica, terminar um curso, cuidar de nós mesmos, bem como investir em alguma relação, entre outras coisas que exigem desprendimento de energia e tempo. Porém, nem sempre esse sentimento nos acompanha, e além dos níveis de interesse, outros fatores interferem no nosso grau de motivação para nossas realizações.

Existem diferentes definições e explicações sobre a motivação no campo da psicologia. Diferentes correntes teóricas exploram esse processo cognitivo, devido a sua importância no desempenho de comportamentos.  Entre as diferentes abordagens encontradas na literatura, está a concepção de Albert Bandura.

Estudioso da psicologia social, Bandura destacou três aspectos básicos da nossa cognição envolvidos no desenvolvimento e manutenção de nossa motivação: auto conceito, crença de auto eficácia e expectativas de resultado. O auto conceito é a forma como nos vemos, o valor que atribuímos a nós mesmos. Já a crença de auto eficácia é específica à atividade em questão, diz respeito ao quanto nos sentimos capazes de realizá-la. Sendo assim, estão interligadas, partindo de uma mesma percepção básica, mas não são a mesma coisa. A expectativa de resultado trata-se do impacto que essa ação terá em nossa vida, o que se espera atingir com o comportamento em questão.

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Dessa forma, a pessoa precisa se sentir boa na área, capaz de executar a tarefa e ter ganhos significativos com a realização da atividade. O auto conceito é formado ao longo da vida, como uma visão pessoal sobre suas potencialidades e limitações. A crença de auto eficácia surge de experiências anteriores, de erros e acertos, de experiências vicárias (observando os resultados e comportamentos alcançados pelos outros), persuasão verbal (através de estímulos verbais) e estados fisiológicos (os estados fisiológicos, como a ansiedade por exemplo, podem deixar a pessoa mais vulnerável frente à atividade). Os behavioristas apontam ainda que os resultados atingidos são capazes de reforçar (positiva ou negativamente) o comportamento emitido, de forma que a pessoa se sinta mais ou menos motivada para repeti-lo em uma próxima situação.

Muitas vezes esse mecanismo não se dá de forma consciente, partindo do processamento automático de informação, que realizamos em nossa interação com o mundo. O auto conhecimento e a auto análise nos ajudam a identificar os principais empecilhos em nossas tarefas, a baixa motivação e ansiedade, que muitas vezes nos fazem desistir ou protelar objetivos importantes. Em casos em que a desmotivação se torna patológica e traz prejuízos, a ajuda profissional pode ser fundamental no enfrentamento desse problema.

A terapia cognitivo-comportamental busca identificar as principais crenças do paciente, o auto conceito e distorções relevantes que podem fortalecer essas percepções disfuncionais. Através da reestruturação cognitiva tentamos desenvolver crenças mais coerentes e saudáveis, para que assim o indivíduo possa enfrentar situações antes evitadas e reorganizar suas ações, tornando-se mais ativo e orientado em suas atividades importantes.

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