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Impulsividade é a tendência em agir ou se comportar com pouca ou nenhuma premeditação ou consideração das conseqüências.

Diferente do comportamento espontâneo – que é algo verdadeiro, natural, e sem necessidade de regras, o comportamento impulsivo é basicamente um comportamento sem reflexão, podendo vir acompanhado de sentimentos de raiva, frases grosseiras, com possíveis arrependimentos posteriores.

Este comportamento é um traço de temperamento que pode ser hereditário e temporalmente estável da personalidade, mas também pode ser um fenômeno adquirido por alguma lesão do sistema nervoso central. Pessoas diagnosticadas com transtornos da personalidade anti-social, borderline, histriônica e narcisista, assim como transtorno explosivo intermitente, dependentes e transtorno afetivo bipolar, apresentam impulsividade elevada em medidas de auto-relato.

Você sabia que na clínica psicológica a impulsividade é um fenômeno central que dificulta e às vezes até destrói relacionamentos sociais?

Sem pensar, magoamos pessoas a nossa volta por nossa forma de reação impulsiva, afastamos pessoas querida, nos envolvemos em situações constrangedoras, e até perdemos oportunidades de conquistar algo.

O ato volitivo ou ato de vontade, segundo Dalgalarrondo (2008), é marcado por comportamentos  traduzidos pelas expressões típicas do ¨eu quero¨ ou ¨eu não quero¨ na vontade humana. Este processo é marcado por 4 fases:

  • A fase da intenção ou do propósito, quando a tendência básica são os impulsos, desejos e temores inconscientes exercem sua influência inicial.
  • A fase de deliberação, quando o sujeito faz a apreciação das implicações de cada alternativa.
  • A fase da decisão propriamente dita, que marca o início da ação.
  • A fase de execução, onde o processo dinâmico de um conjunto de atos são combinados para atingir o objetivo escolhido.

As atitudes impulsivas apagam rapidamente as fases iniciais (intenção, deliberação e decisão), em função tanto da intensidade dos desejos inconscientes como da fragilidade das instâncias psíquicas envolvidas no processo de reflexão e análise das consequências dos impulsos.

São características do comportamento impulsivo:

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  • Frieza afetiva e conduta anti-social
  • Realização de atitudes de forma egocêntrica
     
  • Incapacidade de tolerância à frustração
  • Irritabilidade e agressividade
  • Reações rápidas e não planejadas
  • Atenção focada no momento presente

Falar sobre a impulsividade e suas variadas apresentações significa estudar as motivações do comportamento humano e suas instâncias controladoras. Essas instâncias de controle podem ser genéricas, mas também específicas para cada tipo de comportamento em questão.

É possível deixar de ser impulsivo?

A pessoa impulsiva é aquela que age sem pensar. O primeiro passo para reverter esse comportamento é buscar ajuda profissional.

O atendimento psicoterapêutico promove a identificação dos momentos em que a impulsividade se torna predominante, e o aprendizado do controle em relação a manifestação de comportamentos coadjuvantes ou desencadeantes.

A prática da clínica dos transtornos do impulso envolve a localização do tipo dominante de impulsividade, o entendimento de tais momentos que estimulam o comportamento impulsivo, a avaliação de outras formas concorrentes de impulso e perda de controle, e o estabelecimento de uma hierarquia de objetivos e procedimentos para otimização do tratamento.

O controle dos pensamentos auxilia no controle do comportamento impulsivo.

Mas não se resolve de forma instantânea.

Este é um esforço diário, que necessita participação ativa do indivíduo, mas que possibilita melhorias na qualidade de vida e na qualidade dos relacionamentos sociais, conjugais e afetivos.

Referências

DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artmed, 2008.

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