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A infância não é mera fase do desenvolvimento humano, mas uma das mais importantes, pois é nela que começam a se formar as características de personalidade, as crenças, bem como o reconhecimento e a expressão das emoções. A formação de todas estas características muito se baseia nas diferentes experiências de troca da criança em suas relações com o meio cultural e com as pessoas à sua volta. É possível dizer que a criança concebe e percebe o mundo com base nas suas relações sociais, que são, nesta fase, sempre mediadas por um terceiro.

Diante de tais considerações, percebe-se que o adulto, mais precisamente os pais e aqueles que pertencem ao cotidiano da criança, possuem papel importantíssimo na formação pessoal e na constituição da personalidade daquele pequeno ser. Muitas das escolhas futuras estarão diretamente relacionadas à aprendizagem de modelos que se teve nesta fase.

Para que seu filho aceite, ainda na infância, mas já numa fase mais avançada desta, experimentar e participar de novas atividades, tudo vai depender da maneira como tais atividades lhe são apresentadas e foram tratadas até então. Não é uma tarefa fácil aprender a lidar com o novo, com o diferente. Isto vai desde situações simples, como a introdução de novos hábitos alimentares, até situações mais complexas, onde estão envolvidos padrões culturais.

Existe em nossa sociedade, por exemplo, uma divisão bastante antiga entre “coisas de meninos” e “coisas de meninas”, que determinam os papéis sociais que deveriam ser desempenhados por cada um. Esta divisão se perpetua nos dias de hoje e continua sendo passada para cada nova geração já através da diferenciação entre “brincadeira de menina” e “brincadeira de menino”. Muitos pais, alguns consciente, outros inconscientemente, acabam embutindo esta diferenciação em seus filhos. O que para estes não faz sentido algum, para os pais, diferenciar as brincadeiras é uma forma de se sentirem seguros e dominarem a relação que os filhos estabelecem com o mundo.

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Se um menino cresce ouvindo de suas figuras de referência que a dança é coisa de menina e, lá na frente, se depara com uma atividade que envolva esta modalidade na escola, sua reação será coerente com aquilo que aprendeu ao longo de seus anos e poderá se recusar a participar da atividade, mesmo sem conhecê-la. A reação desta criança diante de um colega que apresenta gostos diferentes do seu também será muito influenciada pela maneira como suas figuras de amparo reagem na mesma situação.

Se eu quero que meu filho experimente diversificadas atividades sem preconceito por parte dele, eu também preciso, entre outras coisas, principalmente despir-me dos meus próprios preconceitos e tomar cuidado com aquilo que lhe passo.

Permitir a inserção nas mais diversas atividades e manifestações culturais, tomando sempre o cuidado para que não sejam atividades impostas, mas deixando que, aos poucos, as próprias crianças percebam seus gostos, identifiquem seus hobbies, criem sua autoconsciência e se decidam por aquelas que apresentam maior interesse.

Lembrem-se, a influência dos pais é fundamental nas escolhas dos filhos. Não deixem que ela se torne prejudicial!

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