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O amor patológico (AP) se caracteriza pelo comportamento de prestar cuidados e atenção ao parceiro, de modo repetitivo e sem controle, em um relacionamento amoroso. Querer cuidar, dar atenção, passar tempo juntos e dividir a vida com outro é normal, mas quando isso se torna uma obsessão, ocorrendo extrema dependência emocional do parceiro, a pessoa faz de tudo para não perder o outro, muitas vezes se presta a situações de subjugação para evitar o abandono (real ou imaginário), deixando de lado os próprios interesses e desejos.

 

Mesmo quando a pessoa percebe o quão danoso é a sua percepção e seus comportamentos em relação ao relacionamento amoroso, a pessoa com esse transtorno ainda permanece adotando tais medidas, mesmo diante dos prejuízos para a sua vida e de seus familiares, sobretudo do parceiro.

Alguns estudiosos compararam as características de quem sofre com AP à dependência de substâncias, sugerindo que pelo menos seis desses critérios estejam presentes: (a) sinais e sintomas de abstinência; (b) ocorrência do comportamento em maior quantidade do que o indivíduo gostaria; (c) atitudes para reduzir o comportamento são fracassadas; (d) longos períodos de tempo despendidos; (e) abandono de interesses e de atividades antes valorizadas; (f) o comportamento patológico é mantido, apesar dos problemas que acarreta.

 

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As pessoas que sofrem com AP sentem medo extremo de serem solitárias, rejeitadas, abandonadas, de não merecerem amor, pensam que só poderão ser felizes e estáveis emocionalmente se estiverem com alguém. E, para “garantir” que nada disso ocorra, as pessoas com AP tendem a assumir um papel de subjugação e começam a fazer de tudo em função do parceiro, inclusive se anulam. A partir dessa escolha, é comum que as pessoas com AP sofram por ansiedade, depressão e até mesmo transtorno obsessivo-compulsivo.

 

Em relação ao aspectos de desenvolvimento, pode-se dizer que as necessidades emocionais básicas de pessoas com AP não foram supridas pelos seus pais na infância. Receber cuidado e afeto são muito importantes para que as crianças cresçam mais confiantes, seguras e autônomas. Quando isso não acontece, ou seja, quando a família assume uma postura mais fria, distante (tanto fisicamente quanto emocionalmente) e pouco acolhedora, os filhos tornam-se carentes do suporte afetivo e passam a ter muito medo de perder os pais ou outras figuras de apego. Para evitar o abandono, a criança passa a se comportar de forma disfuncional, ela pode passar a fazer tudo para receber a confirmação de que é amada (por exemplo, buscar sempre agradar, assumir responsabilidades, etc.) pela família. Na vida adulta não é diferente, a pessoa tende a repetir os mesmos esquemas, então busca, geralmente, parceiros mais frios, inseguros, e distantes. Sendo assim, ocorre uma autoperpetuação do esquema na medida em que a pessoa pode pensar que a crença que tem está sendo “confirmada”, reforçada por outras pessoas.

 

O tratamento psicológico tem por objetivo a reestruturação cognitiva, pois pessoas com AP permanecem em relacionamentos desgastantes devido às crenças que adquiriram ao longo da vida. Modificar a forma como a pessoa se vê, vê o mundo e as pessoas é essencial para ter uma vida mais saudável. A terapia ajuda a reduzir os níveis de ansiedade, angústia, tristeza causados pelo AP, além de tratar também de outras comorbidades, caso estejam presentes.

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