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É bem sabido que as mortes por suicídio têm aumentado nas últimas décadas, não é à toa que o mês de setembro passou a ser marcado como o mês de prevenção ao suicídio, sendo chamado de setembro amarelo, com o objetivo de tornar público o assunto e promover a valorização da vida, buscando prevenir a ocorrência e a tentativa deste tipo de morte.

O início da vida adulta é marcado por uma série de transformações e desafios, com a necessidade de se assumir papéis, identidades, fazer escolhas, relacionar-se afetivamente, buscar uma estabilidade econômica, entre outros. Justamente neste período, problemas e dificuldades podem surgir na vida dos jovens, proporcionando o aparecimento de eventos negativos que precisam ser enfrentados. Estes eventos podem ser considerados fatores de risco e estão relacionados com características negativas da vida que tendem a aumentar as possibilidades de problemas físicos, emocionais e sociais de se manifestarem, aumentando, consequentemente, a vulnerabilidade destes indivíduos diante de situações adversas, com grandes chances de reagirem de maneira disfuncional frente a estes acontecimentos.

São considerados fatores de risco a falta de suporte familiar, experiências de violência física e/ou sexual, instabilidade econômica, condições de trabalho insalubres e estressantes, desigualdades sociais, entre outros. Vale lembrar, porém, que não é apenas a presença destes fatores que causa um impacto na vida do indivíduo, mas a frequência, a intensidade e a maneira como se interpreta estas situações. Portanto, uma pessoa, neste caso estamos falando dos jovens, podem ter passado por todas estas situações e lidarem com elas de maneira mais funcional, sem nem sequer pensar em tirar a própria vida. Neste sentido, falamos dos fatores de proteção, que podem coexistir com os fatores de risco.

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A existência de fatores de proteção pode minimizar os efeitos dos eventos negativos e dos desafios enfrentados pelos jovens. Quando falamos destes fatores, consideramos características pessoais, como o senso de autoestima e autoeficácia, e das relações sociais estabelecidas com amigos e familiares que geralmente formam uma rede de apoio, fortalecendo e dando suporte para lidar com as situações problemas. 

Considerando que os jovens passam grande parte do seu tempo em locais propícios para a interação social, é interessante ainda que mantenham um bom repertório de habilidades sociais que os auxiliem a construir e manter estas relações sociais proporcionando que estes vínculos se tornem também redes de apoio efetivas e de proteção às situações de risco, auxiliando na solução de problemas. Em tempos em que o mundo virtual prevalece na vida diária, em especial na dos jovens, causando muitas vezes o sentimento da solidão, fortalecer esta rede de apoio das relações sociais se mostra um fator ainda mais importante para a proteção da vida.

O processo de pensar em tirar a própria vida é um momento de crise, em sua grande maioria, muito doloroso. Se empenhar na manutenção e fortalecimento dos fatores de proteção é de fundamental importância para a prevenção desse processo. Por isso, diante de alteração persistente no humor, na capacidade de resolução de problemas, interações sociais e prevalência de tristeza, não exite em buscar ajuda profissional e contar com a sua rede de apoio. Prevenir pode ser a solução. Você não está sozinho!

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